Se espera que um fluído de corte seja estável e não ocorra a separação de seus componentes durante o processo de armazenagem. Normalmente, quase que sem exceção, um óleo de corte integral preenche este requisito. Já o óleo de corte solúvel por possuir uma formulação mais complexa, contendo muitos produtos em sua composição, pode, após longos período de armazenagem, apresentar problemas de instabilidade e separação dos componentes químicos presentes no lubrificante.
Uma indústria de lubrificante geralmente faz recomendações quanto ao prazo máximo de estocagem a que um fluído de corte deve ser submetido. Geralmente este período é igual ou inferior a dois anos. Cabe informar que para o óleo de corte integral não há esta restrição.
Caso seja observada alguma anormalidade na aparência, no odor ou na coloração do fluído de corte solúvel, recomenda-se não utilizar o lubrificante, pois este poderá propiciar a formação de emulsões instáveis, o que irá comprometer o processo de usinagem.
A necessidade da atenção no preparo do Fluído de Corte Solúvel
O fluído de corte solúvel exige a atenção no preparo correto da mistura, além de que equipamentos específicos sejam segregados para este fim. Deve ser realizada a mistura prévia do óleo solúvel para corte em recipientes limpos, sempre adicionando o lubrificante sobre a água e nunca o contrário. Não se deve realizar a preparação da mistura do óleo de corte para usinagem diretamente no reservatório da máquina, notadamente quando o equipamento não dispõe de um tanque de pré-mistura.
Também deve-se tomar o cuidado para que sejam realizadas as diluições corretas do óleo de corte solúvel, conforme indicação da indústria de lubrificante.
Misturas do fluído de corte solúvel destinadas para a reposição, requerem mais atenção, pois precisam ser preparadas em maior ou menor concentração, de acordo com o tipo de lubrificante.
O óleo de corte mineral, também conhecido por fluído de corte convencional, normalmente requer reposições com emulsões mais concentradas. Tal exigência se deve à necessidade de compensar o arraste que geralmente ocorre do óleo presente na emulsão. Para o fluido de corte solúvel sintético e o fluído de corte solúvel semissintético, geralmente ocorre no processo de usinagem a perda da água, e com isso, as reposições são realizadas com uma emulsão de um óleo de corte solúvel menos concentrada.
Atenção aos efeitos colaterais indesejados no Fluído de Corte
O fluído de corte não deve depositar sobre as máquinas e peças usinadas, resíduos indesejáveis. O fluído de corte para brocas não deve ser irritante à pele e aos olhos do operador e muito menos ser agressivo ao ambiente de trabalho. A decomposição bacteriana presente no óleo de corte para usinagem gera maus odores, e isso pode ser evitado ao se adotar boas práticas de higiene do operador e da manutenção do lubrificante.
Deve-se esperar que um fluído de corte solúvel proporcione pelo menos 72 horas de proteção contra a corrosão e a oxidação das peças usinadas. Uma maior atenção sobre a qualidade do óleo de corte para usinagem deve ser tomada se tal proteção não for atendida.
É de se esperar que um fluído de corte solúvel ou um óleo de corte integral de qualidade não ataque a pintura do equipamento. Durante o processo produtivo, um fluído de corte para brocas não deve queimar, fumacear ou gerar vapores no ambiente de trabalho. Se isso ocorrer, consulte a indústria de lubrificante para buscar uma correção para o problema ou até para que ocorra a substituição do fluído de corte por outro que apresente um melhor desempenho.
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