Os óleos lubrificantes minerais, também conhecidos por óleos básicos ou óleos minerais lubrificantes, são produtos obtidos do refinamento e posterior destilação do petróleo, sendo disponibilizado o mercado em vários graus de viscosidades e tipos, de acordo com a cadeia carbônica do petróleo, que pode ser parafínica, naftênica, aromática ou mista.
A viscosidade do óleo lubrificante mineral muda com o aumento da pressão. Dos tipos de óleos minerais disponíveis no mercado, o óleo aromático e o óleo naftênico são os que mais alteram a sua viscosidade com a mudança da pressão e da temperatura, algo que ocorre em menor proporção com o óleo parafínico, tanto que este último forma a grande base dos lubrificantes comercializados atualmente.
Cabe informar que em todos óleos encontramos uma porcentagem de parafina, que varia de proporção e tipo em cada óleo lubrificante mineral. Como a parafina possui um peso molecular muito próximo do óleo básico lubrificante, a sua separação por destilação torna-se extremamente difícil e outros meios são necessários para reduzir o teor de parafina presente no óleo lubrificante mineral.
Tal procedimento é necessário, porque em óleos parafínicos, a parafina forma depósitos sólidos, o que ocasiona a solidificação do fluído quando submetido às baixas temperaturas. Já nos óleos naftênicos a presença de parafinas forma depósitos soltos fáceis de serem removidos, como por exemplo, quando o óleo para compressor de refrigeração entra em contato com as partes mais quentes do equipamento.
A capacidade do óleo lubrificante mineral de manter a sua mobilidade em baixas temperaturas é determinada por sua composição química. A presença de substâncias de alto ponto de ebulição, principalmente de hidrocarbonetos parafínicos de cadeia reta, faz com que o óleo básico lubrificante se solidifique com a queda da temperatura.
A mobilidade do óleo lubrificante mineral é perdida devido à formação de uma estrutura cristalina de hidrocarbonetos sólidos do petróleo. Para diminuir o ponto de fluidez do óleo lubrificante mineral, é necessário a aplicação de processos tecnológicos que acabam encarecendo o produto. Para contornar tal problema o fabricante de lubrificante adiciona ao óleo básico lubrificante, aditivos depressores do ponto de fluidez.
Como a produção de muitos tipos óleo lubrificante mineral com diversos tipos de viscosidades é uma técnica economicamente inviável, as refinarias de petróleo optam por produzir um número limitado de frações e disponibilizar ao mercado uma gama maior de óleo básico lubrificante, obtido das misturas das frações menos viscosas com as mais viscosas.
Para compensar essa limitação técnica e comercial, o fabricante de lubrificantes acaba adicionando aditivos ao seu óleo lubrificante mineral, para que este atinja as propriedades de desempenho necessárias para a sua utilização como lubrificante industrial ou automotivo.
Os óleos básicos lubrificante diferem entre si em viscosidade, composição química e diversos outros tipos de propriedades físico-químicas. O óleo básico lubrificante é o produto base para a fabricação do lubrificante industrial ou automotivo.
O óleo básico lubrificante é um produto puro, sem aditivos, pronto, esperando apenas para ser misturado aos aditivos, que mudam de acordo com o tipo de aplicação a que se destina o lubrificante. A composição química do óleo lubrificante mineral depende do tipo de petróleo e cadeia carbônica que o produto apresenta (parafínica, naftênica, aromática e mista).
A qualidade do óleo básico lubrificante
A qualidade do óleo básico lubrificante depende do tipo de petróleo original, do método de obtenção deste óleo básico, da profundidade da transformação química e da sua consequente purificação.
As grandes empresas de petróleo estão tentando criar processos para a produção, purificação e modificação do óleo básico lubrificante, que além de serem mais econômicos, que gerem menos resíduos, que forneçam um óleo básico de melhor qualidade, e sejam mais aceitáveis ecologicamente apesar de trabalharem com um produto oriundo de fonte não renovável, o petróleo.
Esclarecemos que no início de seu desenvolvimento, a lubrificação era feita com gorduras e óleos animais e vegetais. Depois houve uma transição gradual para o uso de óleos minerais derivados do petróleo. Com o uso cada vez maior do óleo lubrificante mineral em diversas formulações de lubrificantes, ocorreu a necessidade do aprimoramento do refino e do tratamento do petróleo. As primeiras tecnologias que surgiram, eram baseadas no refino com ácido sulfúrico e a extração seletiva com solventes,que melhoraram a qualidade do óleo básico lubrificante obtido.
Tal processo conseguia remover alguns compostos mais nocivos, mas gerava um bom volume de resíduo do tratamento. Tecnologias mais recentes, como a do hidrotratamento, do hidrocraqueamento catalítico, da desparafinação catalítica e da hidroisomerização de parafina, contribuíram não só para melhorar o rendimento operacional, mas contribuíram também para a melhor significativamente as propriedades físico-químicas do óleo lubrificante mineral.
Como objetivo futuro, podemos prever que a indústria do petróleo se dedicará a obter um óleo básico lubrificante com um maior índice de viscosidade (IV), uma menor volatilidade e uma maior vida útil. Se tal objetivo for atingido, poderemos dizer que a diferença entre um óleo lubrificante mineral de um óleo lubrificante sintético se tornará cada vez mais menor. Esperamos que isto aconteça, pois hoje a diferença de preços entre um óleo lubrificante de base mineral para um óleo lubrificante de base sintética e excessivamente grande.
Acompanhe a CADIUM nas mídias sociais que em breve publicaremos um texto sobre os diferentes tipos de processos do petróleo e as diferenças entre os óleos básicos lubrificantes obtido em cada processo.
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