Entendendo a importância do Óleo Básico na fabricação de lubrificantes

Normalmente para a produção de graxa é utilizado um sabão expessante que constitui aproximadamente 10% do volume de produtos da formulação. Também são adicionados diversos tipos de aditivos de acordo com a especificação ou uso que será destinada a graxa.

A maior concentração de compostos utilizados na fabricação da graxa é constituída de óleo básico grupo 1, produto que costuma compor 90% do total. O principal objetivo do óleo básico é lubrificar, nesse sentido este produto não tem ação diferente do que encontramos em outros lubrificantes líquidos.

Com isso, queremos dizer que para a produção de um lubrificante, o primeiro critério a ser analisado é a escolha do óleo básico grupo 2 que irá entrar na composição do produto. Este óleo básico deve ser analisado sobre diversos aspectos da sua natureza química como a viscosidade, o índice de viscosidade, o ponto de fluidez, o ponto de fulgor, a lubricidade, a volatilidade entre outras características.

A natureza química do óleo básico grupo 1 é extremamente influente na qualidade do lubrificante a ser produzido, pois tem um impacto significativo no volume necessário de aditivos e no comportamento da temperatura do lubrificante durante o uso.

A grande maioria dos lubrificantes atualmente comercializados normalmente são formulados com uma combinação de óleos básicos refinados derivados do petróleo de origem parafínica (óleo básico parafínico) ou naftênica (óleo básico naftênico), porque estes oferecem uma boa combinação de características de desempenho e preço relativamente baixo em relação às opções de bases sintéticas ou vegetais.

Para efeito comparativo, a seguir iremos descrever as diferenças entre um óleo básico parafínico, um óleo básico naftênico e as outra bases disponíveis usadas para a fabricação de lubrificantes industriais e automotivos.

Fabricação de lubrificantes: comparando o Óleo Básico com outras bases

O óleo básico é um produto derivado da destilação e refino do petróleo, sendo que para a fabricação de lubrificantes normalmente são utilizado dois tipos de óleos, classificado de acordo com a origem e cadeia carbônica do petróleo, a saber:

Óleo Básico Parafínico

É um óleo básico que apresenta um bom índice de viscosidade (cerca de 90), o que quer dizer, que a sua viscosidade pouco altera com a elevação da temperatura. É um óleo básico que apresenta estabilidade de temperatura até cerca de 177°C.

Cabe informar que para a fabricação de graxas, o óleo básico parafínico possui um poder de espessamento geralmente menor que o proporcionado pelo óleo básico naftênico. Devido à sua maior estabilidade perante a mudança de temperatura, o óleo básico parafínico é largamente utilizado na fabricação de diversos tipos de lubrificantes industriais e automotivos.

Óleo Básico Naftênico

É um óleo básico que apresenta um bom desempenho quando submetido à baixas temperaturas, operando sem alterar suas características em temperatura abaixo de -40°C. A resistência à oxidação do óleo básico naftênico não é tão boa quanto ao do óleo básico parafino.

Para a fabricação de graxas, o óleo básico naftênico tem um bom poder de espessamento da graxa. Devido a estas caraterísticas encontramos o óleo básico naftênico sendo utilizado na fabricação de óleo lubrificante para compressor de refrigeração, de óleo solúvel de corte e como óleo plastificante para borracha.

Base Éster

São produtos obtidos a partir de síntese química, por isso os lubrificantes formulados com tais bases também podem ser considerados produtos sintéticos. Alguns ésteres são biodegradáveis e devido a sua baixa toxidade podem inclusive serem utilizados na fabricação de lubrificantes que tenham o contato incidental com alimentos. São produtos que possuem o apelo ecológico, por suas matérias-primas serem obtidas de fontes renováveis (síntese química), mas ainda é um produto muito mais caro que óleo básico grupo 1.

Base Vegetal

Um dos produto mais utilizados na fabricação de lubrificantes de base vegetal é o óleo de canola. Há muito apelo ecológico para a ampliação do uso de produtos de origem vegetal, mas estas bases vegetais apresentam uma estreita faixa de temperatura de uso, o que limita as possibilidades da ampliação do seu emprego em muitas formulações de lubrificantes. Também é uma base que apresenta um custo elevado em relação ao óleo básico grupo 2.

Base Sintética

Há vários produtos que se encaixam nesta classificação. As polialfaolefinas, os glicóis, os silicones, os poliésteres, os alquilados entre outros. São produtos que podem ser utilizados ​​como uma alternativa ambientalmente aceitável ao óleos básico grupo 1 derivado do petróleo.

Alguns destes produtos de base sintética inclusive apresentam propriedades físico-químicas superiores às propriedades de um óleo básico grupo 2 refinado de petróleo. Mas, ainda esbarramos na variável custo, para que o uso desta bases sejam aplicadas na produção de lubrificantes, já que todos apresentam um o custo superior ao de um óleo básico grupo 1, o que limita o uso econômico destas bases sintéticas.

Devido à esta limitação econômica, os lubrificantes fabricados com bases sintéticas geralmente são usados ​​em aplicações muito especificas, onde as suas propriedades especiais são fundamentais para a lubrificação de certo tipo de equipamento, onde um lubrificante formulado com óleo básico não consegue atender aos mínimos requisitos técnicos exigidos.

Comparativos dos lubrificantes formulados com diferentes bases

Os lubrificantes são utilizados em diversos tipos de equipamentos em uma ampla gama de processo. Em uma análise muito simples, abaixo descreveremos uma relação de comparação dos tipos de lubrificantes de acordo com as bases utilizadas em sua formulação, considerando apenas dois fatores: a resistência à temperatura e o custo.

Analisando a tabela acima, podemos ver que, apesar de todo apelo que a sociedade impõem para que passemos a utilizar produtos oriundos de fontes renováveis, vejam que a discrepância de preços para um lubrificante formulado com óleo básico grupo 1é ainda muito grande.

Com isso, a substituição destes produtos dentro da indústria só ocorrerá por alguma exigência ambiental ou trabalhista solicitada pela empresa, ou pela ineficiência técnica que um lubrificante formulado com óleo básico grupo 2 apresente em determinado processo.

Óleos Básicos: onde comprar?

Para a aquisição do óleo básico grupo 1 ou óleo básico do grupo 2, entre em contato com a CADIUM.

Para conhecer melhor os nossos produtos, acesse os links a seguir:

Linha de óleo básico parafínico

Linha de óleo básico naftênico

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