Entendendo a importância do Óleo Mineral Básico na formulação do Lubrificante

Por que Lubrificamos?

Podemos destacar que as principais razões para a realização de uma operação de lubrificação são as seguintes:

  • Reduzir o atrito e o desgaste;
  • Esfriar as partes metálicas;
  • Proteger contra a ferrugem e a corrosão;
  • Vedar as partes em movimento;
  • Permitir um movimento livre;
  • Eliminar ruídos;
  • Prolongar a vida útil dos equipamentos.

Conhecendo um pouco os tipos dos Óleos Base para a fabricação dos Lubrificantes

O óleo base lubrificante pode ser obtido das seguintes fontes:

  • Vegetal: palma, mamona, canola, soja, outros;
  • Animal: baleia, abelha, suíno, outros;
  • Mineral: Grafite / Carvão; Xisto, Petróleo, que são matérias-primas para a obtenção dos óleos minerais básicos.

Como óleo base lubrificante artificiais ou sintéticos podemos classificar como sendo os:

  • Ésteres, Poliglicóis, Poliolefinas, Polialfaolefinas (PAO), Poliisobuteno (PIB);
  • Polialquilenoglicol (PAG), Poliois, Silicones, Teflon, outros.

Conhecendo os tipos de lubrificantes de acordo com o seu estado físico

Os lubrificantes podem ser classificados em:

Líquidos: onde podem seu utilizados a água, os óleos graxos (de base vegetal e animal), os óleos minerais extraídos do petróleo como os óleos básicos parafínicos e óleos básicos naftênicos. Os óleos básicos aromáticos não possuem características que permitam o seu uso na lubrificação de máquinas e equipamentos. Também podemos incluir nesta classificação os óleos compostos (mistura de óleos graxos e minerais), os fluidos sintéticos e os fluidos semissintéticos (mistura de óleo mineral com base sintética)

  • Sólido: Grafite, Bissulfeto de Molibdênio, Talco, Fósforo, Mica, Enxofre e outros.
  • Semissólidos ou Pastosos: Vaselina sólida industrial, graxa vegetal, animal, mineral ou sintética.
  • Gasoso: Todos os gases quando aplicados sob pressão, notadamente os gases nobres (He, Ne, Ar, Kr, Xe, Rn).

Cabe informar que a maior diferença entre um óleo lubrificante e uma graxa, é que os óleos são fluídos lubrificantes, e a fluidez do óleo básico mineral ou do próprio lubrificante líquido é definida pela sua viscosidade. As graxas são lubrificantes consistentes, e a consistência das graxas é definida pela sua penetração.

Conhecendo um pouco das propriedades de um Óleo Básico Mineral

Uma das propriedades físicas que mais afetam a qualidade de um óleo básico mineral é a temperatura. Para ter um controle maior sobre a qualidade o óleo mineral básico, para que este desempenhe corretamente as suas funções em um lubrificante, vários testes são realizados para conferir se o produto possui as propriedades físico-químicas adequadas. É fato que sob altas temperaturas, a tendência é que o óleo básico mineral se decomponha e degrade por decomposição térmica e por oxidação. Também é fato que os óleos minerais básicos, principalmente os óleos parafínicos minerais solidificam ou até congelam sob baixas temperaturas.

Para saber se um óleo básico mineral, também chamado de óleo de processo é de boa qualidade, são realizadas as seguintes análises:

  • Ponto de Fluidez: é a temperatura mais baixa em que o óleo base mineral ou o lubrificante pode estar no estado líquido.
  • Cloud Point: é a temperatura em que a parafina e a cera contida no óleo básico mineral começam a precipitar.
  • Temperatura de Ignição ou Ponto de Ignição: é a temperatura em que os vapores do óleo parafínico mineral ou do óleo naftênico mineral na presença do ar sofre ignição, se inflama e explode.
  • Temperatura de combustão: é a temperatura para qual os vapores do óleo básico mineral além de sofrerem a ignição, se mantém em combustão.
  • Estabilidade à oxidação: Considera-se que um óleo básico mineral é mais ou menos estável para desempenhar a função de lubrificação, quando este apresenta resistência às quebras das cadeias moleculares e ao rearranjo às elevadas temperaturas na presença do oxigênio atmosférico. Uma forma de manter um óleo mineral básico mais estável à oxidação, é eliminando os compostos a base de hidrocarbonetos aromáticos e as moléculas que contenham enxofre, nitrogênio e oxigênio, características presentes apenas em óleos minerais de boa qualidade. Cabe informar que a adição de aditivos ao óleo lubrificante básico contribui para controlar a oxidação, pois quebram as cadeias do mecanismo de oxidação.
  • Estabilidade Térmica: é a resistência que o óleo mineral parafínico e o óleo mineral naftênico apresentam para a quebra das cadeias moleculares à elevadas temperaturas e na ausência de oxigênio. Em um óleo básico mineral, a temperatura de estabilidade térmica pode ser aumentada através do processo de purificação e refinação, mas não por aditivação, por isso é importante a aquisição de um óleo de processo de elevada qualidade.
  • Demulsibilidade: é a capacidade que o óleo mineral parafínico ou óleo mineral naftênico possuem de se separarem da água.
  • Compatibilidade: é uma propriedade importante de um óleo mineral básico para se saber a sua interação com outros componentes presentes em um equipamento, principalmente os filtros, juntas e sistemas de vedação. Tal propriedade também é muito importante quando o óleo base mineral é utilizado como óleo para processo de borracha, onde é necessária a sua perfeita compatibilidade com o elastômero.
  • Aderência: para que possa ser arrastado e comprimido no espaço entre as peças, o óleo básico mineral deve possuir a propriedade de aderir às superfícies deslizantes. Um óleo mineral básico de baixa qualidade e pouca aderência, não consegue entrar no espaço entre as peças devido à resistência que estas oferecem à entrada do óleo lubrificante básico.
  • Resistência ao Envelhecimento: um bom óleo mineral parafínico ou óleo mineral naftênico não apresenta variação da sua composição química, mesmo após o uso prolongado. Um bom óleo básico mineral mesmo após longo prazo de uso, não fica resinoso e nem espeço. Em contato com a água é esperado que um óleo base mineral de boa qualidade também não forme uma emulsão.

Informações sobre as Classificações dos Óleos Lubrificantes e Óleos Básicos Minerais

Atualmente há duas classificações que são as mais usadas no mercado nacional para identificar os óleos básicos minerais e os óleos lubrificantes industriais e automotivos, a saber:

SAE (Society of Automotive Engineers): Agrupa os óleos lubrificantes segundo as suas viscosidades em determinadas temperaturas. Não são considerados fatores de qualidade ou desempenho. Quanto maior o número SAE maior é a viscosidade do óleo lubrificante, não importando se o número é ou não seguido de letra. Exemplo: um óleo SAE 100 é mais viscoso que um óleo SAE 30.

ISO (International Standards Organization): trata se de uma tabela de viscosidades cinemáticas à 40º C, na qual se indicam os máximos e mínimos em que os óleos lubrificantes básicos classificados em um determinado nível devem obedecer. Exemplo: um óleo básico mineral ISO 100 deve variar a sua viscosidade cinemática (cSt) à 40ºC entre no mínimo 90 cSt e no máximo 110 cSt de viscosidade. Variação de 10% para mais ou para menos em relação à viscosidade principal ou básica.

Óleos Básicos Minerais: informações adicionais 

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