Óleo para Redutor: O que você precisa saber para escolher o melhor Lubrificante!

Normalmente a solução mais simples para a escolha do melhor óleo lubrificante para redutor, é consultar o manual do equipamento e seguir as orientações e indicações de seu fabricante. Infelizmente esta solução não está presente em muitos ambientes de trabalho, e com isso tem que se tomar o devido cuidado ao escolher o lubrificante para redutor ideal para determinado conjunto de engrenagens, para que possa ser obtido o máximo de eficiência do equipamento, sem comprometer a sua vida útil.

É importante que os operadores dos equipamentos saibam interpretar corretamente especificações fornecidas pelos fabricantes, ou na ausência destas, das necessidades e condições de operação de cada sistema de engrenagens visando à escolha do melhor óleo redutor de atrito para o equipamento.

Selecionar o óleo lubrificante para redutor industrial não é uma tarefa fácil. Muitos fatores devem ser considerados como a escolha do tipo de lubrificante, se um óleo sintético para redutor ou um óleo mineral para engrenagem e redutor, a temperatura da operação. A disponibilidade do óleo para redutor de velocidade, o tipo de equipamento e o esforço a que este é submetido, são outras variáveis. A seguir descrevemos alguns dos critérios que um lubrificador deve observar para a seleção do melhor óleo para redutor de engrenagem para o seu equipamento. 

Seleção do óleo redutor de engrenagem: critérios de escolha

A escolha básica do óleo redutor de engrenagem dever ser feita com base em três fatores:

  • Viscosidade do óleo para redutor: é a propriedade mais importante de lubrificante para redutor, pois é ela quem fornece a espessura do filme na temperatura de operação que irá reduzir o atrito entre as superfícies dos dentes. A viscosidade também permite o fluxo correto do óleo para reduto de velocidade dentro do equipamento, removendo o calor gerado pelo atrito e detritos de desgaste ou contaminantes presentes.

A escolha da viscosidade geralmente deve ser feita consultando se o manual do equipamento, pois ela é calculada para suportar a velocidade e pressão de carga exercida sobre os dentes das engrenagens. Quanto não se tem esta informação, a escolha do óleo lubrificante de redutor se torna mais difícil, pois é difícil se determina a carga a que a engrenagem está sendo submetida. Então, como via de regra, a viscosidade do óleo para redutor de atrito é feita considerando-se a velocidade que opera o equipamento. Um dos métodos mais utilizados para determinar a viscosidade do óleo redutor de atrito é o que foi desenvolvido pela ANSI (American National Standards Institute) e pela AGMA (American Gear Manufacturers Association), conhecido por método padrão ANSI/AGMA 9005-E02, onde são feitas suposições relativas à carga, ao índice de viscosidade e ao coeficiente de pressão e viscosidade do lubrificante para redutor.

Para utilizar este método, deve-se determinar o tipo de conjunto de marchas, a temperatura de operação, a geometria da engrenagem, além da velocidade da engrenagem de velocidade em marcha lenta. Este texto de blog não tem a pretensão de ensinar como se calcular a viscosidade do óleo lubrificante ideal para redutor, mas cabe informar que na internet são encontradas algumas tabelas que facilitam a escolha do lubrificante correto para lubrificar engrenagens abertas, fechadas, chanfradas e helicoidais. Como complemento, informamos que quanto maior a viscosidade, maior será o esforço de carga imposta pelo óleo lubrificante redutor. O uso de uma viscosidade muito elevada pode resultar em calor excessivo gerado, perdas excessivas de energia, a diminuição da eficiência do câmbio e um fluxo de óleo inadequado. A seleção da viscosidade ideal deverá levar em consideração as temperaturas ambiente e de operação, a carga de unidade e a velocidade mais desejável para manter mínimas as taxas de desgaste.

  • Aditivo presente no óleo de redutor industrial: é o pacote aditivo adicionado ao óleo redutor de engrenagem que determinará a categoria a que este lubrificante atenderá e suportará as várias propriedades de desempenho e condições de funcionamento.

A aditivação a que o óleo redutor de velocidade é que determina as normas de qualidade e operações a que este lubrificante poderá suportar e ser submetido, como as Normas DIN 51517, S. Steel 224, AGMA 250.04 e normas Alemãs HLP. CLP entre outras.

  • Tipo de base do óleo lubrificante para redutor – as condições de operação, o tipo de engrenagem entre outros fatores é que determinam o tipo de base que o óleo para redutor de velocidade deve possuir.

1 – Óleo para redutor e engrenagem mineral

São lubrificantes formulados a partir de frações derivadas do petróleo. Apresentam baixo custo, fácil disponibilidade, alto desempenho e bom desempenho na maioria das aplicações. O óleo para redutor de base mineral normalmente permitem a formação de uma espessura de filme maior em determinadas viscosidades operacionais em relação às obtidas pelos óleos para redutores sintéticos, mas possuem a limitação de apresentarem uma vida útil menor e uma maior possibilidade de decomposição pelo uso.

– Óleo para redutor inibido: são óleos lubrificantes para redutores e engrenagens que não contém aditivação protetora de formação de riscos, mas apresentam elevado pacote de aditivos anti ferrugem e oxidação, propiciando um lubrificante com boa estabilidade química, desmusibilidade, prevenção de corrosão e baixa formação de espuma. Estes óleos lubrificantes para redutores de velocidade são indicados para o uso em engrenagens que operam em velocidades relativamente altas, baixas cargas e sem carregamento de choque. São óleos lubrificantes de redutores utilizados em seleção em aplicações onde todos os contatos superficiais operam sob condições de lubrificação hidrodinâmica, mas apresentam a limitação de não possuírem um bom desempenho ou o de evitarem o desgaste das engrenagens quando submetidas sob condições limites de lubrificação.

– Óleo lubrificante para redutor EP (com aditivação de extrema pressão): são lubrificantes de engrenagem que apresentam características de desempenho superiores aos dos óleos para redutores inibidos, pois sua aditivação especial aumenta a sua força de formação do filme e a sua capacidade de suportar cargas elevadas de trabalho. Os aditivos de extrema pressão (EP) mais comuns são formulados a base de fósforo, e atuam quimicamente no lubrificante de engrenagem aumentando a sua adesividade sobre face metálica dos dentes, para evitar o desgaste quando submetidos a condições extremas de operação e limite de lubrificação. Em aplicações menos severa, podemos encontrar o óleo para redutor de engrenagem sendo aditivado com outros compostos como o dialquil de zinco (ZDDP), o dissulfeto de molibdênio, o grafite, entre outros. Um dos benefícios desses aditivos no óleo lubrificante redutor é que eles não dependem da temperatura para se tornarem ativos, ao contrário dos compostos fosforosos de enxofre que não se tornam ativos até que uma alta temperatura da superfície seja alcançada. Outro aspecto potencialmente negativo dos aditivos de EP fosforoso de enxofre é que eles podem ser corrosivos para superfícies da máquina, especialmente em altas temperaturas e não podem ser utilizados em contato com metais amarelos.

2 – Óleo sintético para redutor

O óleo para redutor de base sintética apresenta uma maior resistência à oxidação e a degradação térmica, tornando-se o lubrificante ideal para aplicações em operações com altas temperaturas, além de permitir que ocorra um maior intervalo entre os períodos de trocas. O óleo sintético para redutor também têm melhor desempenho em máquinas que operam sob baixas temperaturas externa, pois é um lubrificante que possui um alto índice de viscosidade e um baixo ponto de congelamento. O óleo de redutor sintético oferece uma maior lubrificação, propiciando uma redução do atrito nos contatos deslizantes.

3 – Óleo para redutor composto

O óleo lubrificante de engrenagem composto é uma terceira classificação de lubrificante que encontramos. É chamado de óleo lubrificante composto, pois é formulado através da mistura de um ácido graxo sintético com um óleo de base mineral. O ácido graxo, também chamado de gordura é adicionado ao lubrificante para aumentar a sua lubricidade e resistência da formação do filme lubrificante. Normalmente esta mistura ocorre junto aos óleos minerais cilindro, que recebe esta denominação porque originalmente eram utilizados em formulações de lubrificantes para cilindros a vapor. A aplicação mais comum para estes lubrificantes de redutores são em engrenagens do tipo helicoidais (rosca sem fim), que devido ao contato deslizante e aos efeitos negativos dos agentes de EP, estes lubrificantes compostos geralmente são a melhor escolha para essas aplicações.

Como identificar a melhor escolha para o óleo para redutor de velocidade?

Identificar e selecionar o óleo para redutor de velocidade é um processo semelhante para a maioria das aplicações. Não há uma propriedade ou um valor específico que se possa utilizar para se obter a especificação adequada do óleo para redutor de engrenagem. A identificação da melhor escolha para uma determinada aplicação só pode ser feita depois de identificadas as propriedades de desempenho do equipamento, as temperaturas, velocidades e cargas a que este é submetido e posteriormente, selecionar o óleo base a ser utilizado, o tipo e a sua viscosidade.

Se você este encontrando dificuldades em selecionar o tipo de lubrificante ideal para redutor para o seu equipamento, entre em contado com a CADIUM, que nossa equipe de consultores técnicos estará disponível para indicar o melhor produto para a sua necessidade. Não deixe de consultar a CADIUM e de acompanhar os nossos textos divulgados nas redes sociais. Em breve um novo texto sobre óleo para redutor e engrenagem será publicado.

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