Qual a diferença entre um Óleo Branco Mineral USP 70 do Grupo I e o Óleo Branco Mineral USP 70 do Grupo II?

Primeiramente devemos esclarecer como surgiu a classificação por Grupo dos óleos minerais.

A origem se deveu à necessidade da classificação das Refinarias de Petróleo e da qualidade dos produtos gerados, notadamente para os óleos lubrificantes obtidos do refinamento. No início do século XX, com o crescente aumento da fabricação dos automotóveis, tornou-se necessária a padronização dos componentes utilizados nas produções destes veículos, e os lubrificantes, que antes eram considerados subprodutos do refino do petróleo, também sofreram um processo de padronização para atender à esta nova demanda de lubrificação.

Com isso, a API (American Petroleum Institute – Estados Unidos) e a ATIEL (Association Techinque de L’Industrie Europeane des Lubrifiants – Europa), adotaram um sistema de classificação para padronizar as especificações dos óleos básicos extraídos nas diversas refinarias espalhadas pelo mundo, para assim garantir a uniformidade na fabricação dos óleos lubrificantes.

Esta padronização levou em consideração três parâmetros, que foram:

  • Teor de enxofre contido no óleo básico;
  • Teor de saturados existente no óleo básico mineral;
  • Valor do Índice de Viscosidade do óleo mineral básico.

O que é um Óleo Branco Mineral USP 70 do Grupo I

Devemos esclarecer que as refinarias do Grupo I foram as primeiras refinarias que surgiram no mundo, onde a obtenção do óleo básico é feita através de processos de refino com solvente, mas por ser um processo de menor refinação, os óleos básicos obtidos contêm mais enxofre e um menor volume de compostos saturados. Os óleos básicos lubrificantes gerados também apresentam um menor custo. Posteriormente estes óleos básicos do grupo I são submetidos a um processo de tratamento ácido, chamado de sulfonação, ou a um processo de hidrotratamento (por hidrogenação catalítica), onde ambos os processos geram um óleo incolor, inodoro, insípido e atóxico, que chamamos erradamente de óleo branco mineral, já que o produto não é branco e sim cristalino.

A característica fundamental do óleo branco mineral USP 70 do Grupo I que mais facilmente pode ser observada, em comparação a um óleo mineral branco do Grupo II, é a sua densidade. Normalmente um óleo branco mineral USP 70 do Grupo I apresenta uma densidade medida à 20ºC, superior 0,850 g/l. Também apresenta um ponto de fulgor mais elevado, geralmente superando os 190ºC.

Óleo Mineral Branco do Grupo II: o que saber a respeito?

Os óleos básicos minerais obtidos em uma refinaria do Grupo II são mais refinados do que os do Grupo I. Além de receberem um tratamento de refino com solvente, esses óleos também são purificados por um processo de hidrocraqueamento e desparafinação catalítica. Como consequência, são óleos básicos que possuem um maior volume de compostos saturados e um menor volume de enxofre na composição. Esses óleos minerais básicos têm bom desempenho em volatilidade e apresenta elevada estabilidade à oxidação. Após o processo de tratamento por hidrogenação ou sulfonação (processo este que vem sendo descontinuado devido à geração de grande quantidade de resíduo de difícil descarte), o óleo branco mineral USP 70 gerado do processo, apresenta uma densidade menor, próxima à 0,830 g/L à 20ºC, e este é o diferencial mais facilmente notado, quando comparado ao óleo branco mineral USP 70 do Grupo I. No processo de refino do óleo básico do Grupo II, também tende a gerar um óleo branco mineral USP 70 que apresenta um menor Ponto de Fulgor, geralmente próximo de 170ºC.

Por que certas empresas preferem o uso do Óleo Branco Mineral USP 70 do Grupo I em detrimento do Óleo Branco Mineral USP 70 do Grupo II?

Atualmente, em razão da evolução tecnológica e da melhora dos processos de refino, tecnicamente não há muita diferença do uso de um óleo branco mineral USP 70 do Grupo I com o óleo branco mineral USP 70 do Grupo II. A opção pelo uso do óleo branco mineral USP 70 do Grupo I se deve basicamente, porque muitas empresas possuem a especificação desta matéria-prima informando uma variação de densidade entre 0,840 e 0,880 g/l, pois incialmente o produto foi formulado com um óleo branco mineral USP 70 do Grupo I. Como muitas empresas apresentam limitação de alteração em suas formulações, notadamente as empresas internacionais, esta adequação da especificação para o uso de um óleo branco mineral USP 70 do Grupo II recebe restrições, chegando-se ao ponto deste óleo até ser reprovado por estar “fora da especificação”. E isso é um erro, pois não há como especificar a densidade de um óleo branco mineral USP 70 do Grupo II dentro de uma faixa de densidade atendida por um óleo branco mineral USP 70 do Grupo I, pois isso não se trata de um imperfeição físico-química do produto, mas sim da condição de obtenção do óleo básico usado na produção do óleo mineral branco, como acima mencionamos.

Conhecendo um pouco mais o Óleo Branco Mineral USP 70

O óleo branco mineral é considerado o produto “top” do processo de fracionamento e destilação do petróleo, pois é um óleo mineral altamente refinado, constituído por cicloparafinas saturadas e hidrocarbonetos de cadeia linear e ramificada, que apresenta uma alta pureza e uma mínima toxidade, é incolor, inodoro, insípido e neutro, sendo indicado para o uso em diversos segmentos de mercados, inclusive os fortemente regulados como o Farmacêutico, o Alimentício e o Cosmético. O óleo branco mineral USP 70 é um produto quimicamente e biologicamente estável, que não muda de cor com o tempo e não suporta o crescimento de bactérias patogênicas, o que o torna a escolha padrão de óleo mineral na maioria das indústrias.

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