Os primeiros lubrificantes utilizados em larga escala pela indústria foram os formulados à base produtos derivados do petróleo (óleo básico ou óleo mineral), que posteriormente passou a ser chamado de óleo lubrificante convencional. No entanto, com o avanço tecnológico das máquinas e equipamentos, certos lubrificantes convencionais (base óleo mineral) se tornaram limitados ou ineficientes para desempenhar o trabalho de lubrificação nestes novos equipamentos.
Em paralelo à melhoras dos equipamentos, ocorreu também a partir do final do século passado um aumento no desenvolvimento de lubrificantes que gerassem um melhor desempenho, o que propiciou uma grande oportunidade para o surgimento do lubrificante sintético, entre eles, o próprio óleo de corte sintético.
Qual a diferença entre um Óleo de Corte Sintético e um Óleo de Corte Convencional?
Hoje se fala que a principal diferença entre o óleo de corte sintético e o óleo de corte convencional ou óleo de corte mineral, está no preço bem superior do primeiro lubrificante. Mas, é falha a comparação entre os produtos apenas pela a análise financeira, pois há grandes diferenças entre estes produtos para justificar tamanha discrepância de preços.
A principal diferença técnica estre o óleo de corte sintético e o óleo de corte mineral está na forma de se obter a matéria-prima base que compõe estes lubrificantes. O processo de refinamento destas bases é o que determina a superioridade técnica de um lubrificante sobre o outro.
Para a geração do óleo base utilizado na produção do óleo de corte sintético, o processo de refino é mais intenso, resultando na formação de moléculas com tamanhos uniformes. Esta uniformidade das moléculas do óleo base utilizado na fabricação do óleo de corte sintético contribui para que o lubrificante consiga trabalhar em uma faixa de temperatura mais ampla, sem se degradar, e consequentemente, o uso do produto poderá ser estendido por um tempo muito superior ao propiciado pelo óleo de corte mineral.
A uniformidade das moléculas do óleo de corte sintético também melhora o desempenho do lubrificante sob baixas temperaturas, propiciando uma maior fluidez. É fato que o óleo de corte sintético suporta melhor as variações de temperaturas, tanto em operações com calor extremo, como em condições de baixas temperaturas.
Outro ponto positivo do óleo de corte sintético sobre o óleo de corte convencional ou óleo de corte mineral, é possuir um índice de viscosidade muito maior ao do segundo lubrificante. Isso reflete na manutenção da viscosidade do óleo de corte sintético em um maior faixa de trabalho, sem que ele se torne menos viscoso com o aumento da temperatura. Como resultado desta característica, o óleo de corte sintético proporciona uma lubrificação mais espessa e regular, o que contribui para melhorar a retirada de calor do sistema de corte.
Não menos importante também devemos destacar que o óleo de corte convencional ou óleo de corte mineral possui uma grande tendência para a formação de resíduos e depósitos resultantes do craqueamento das moléculas do óleo base, algo que ocorre com menor frequência no óleo de corte sintético. Tal fatores somados além de melhorar desempenho do óleo de corte sintético, contribui para aumentar a vida útil do equipamento.
Apesar do custo maior do Óleo de Corte Sintético, é viável o seu uso em relação ao Óleo de Corte Convencional ou Óleo de Corte Mineral?
Há uma visão errada no mercado que o fabricante de lubrificante industrial sempre irá indicar o óleo de corte sintético para qualquer processo, pois, é um óleo mais caro que gera uma margem melhor, que tem um tecnologia envolvida na sua produção e por tanto é um lubrificante que serve para todas as máquinas e equipamentos.
A realidade não é essa, pois há processos e equipamentos onde o óleo de corte convencional ou o óleo de corte mineral supre perfeitamente as exigências de usinagem, notadamente em operações onde a exigência lubrificação do processo é muito maior que o controle da temperatura ou do arraste das rebarbas do corte, como ocorre em uma operação de usinagem por trepanação https://cadium.com.br/os-fluidos-de-corte-e-as-suas-funcoes/.
Devemos informar que não há um padrão para a escolha entre um óleo de corte sintético e um óleo de corte convencional ou óleo de corte mineral para um determinado processo de usinagem. Muitos fatores precisam ser levados em consideração para a tomada de decisão sobre qual o melhor lubrificante para o processo.
Há fatores prós e contras com relação ao uso de um óleo de corte sintético ou de um óleo de corte mineral além do custo. Fatores como o tempo necessário ou ideal para a realização do processo, as condições ambientais, o prazo de reposição e paradas para as manutenções, a preservação e o aumento da vida útil dos equipamentos e das ferramentas de corte, e principalmente, a qualidade do serviço executado e o rendimento operacional.
Afinal qual lubrificante deve ser usado: o Óleo de Corte Sintético ou o Óleo de Corte Convencional (Óleo de Corte Mineral)?
Como mencionado anteriormente, não há uma resposta exata para este questionamento, sendo que a melhor opção é consultar um fabricante de lubrificante industrial idôneo e que comprovadamente forneça produtos com qualidade ao mercado.
Mas, para não deixarmos esta pergunta sem uma resposta, em linha gerais podemos dizer:
Uso do Óleo de Corte Convencional ou Óleo de Corte Mineral
É um lubrificante indicado para operações onde se necessita muita lubrificação entre a ferramenta de corte e a peça, pois apresenta excepcional desempenho em usinagens com metais duros, superligas e operações intensas.
Uso do Óleo de Corte Sintético
Este lubrificante propicia uma ótima redução do atrito e possuí um elevado poder refrigerante, sendo que normalmente recebe uma carga de aditivação específica para o melhor desempenho em determinado tipo de processo de usinagem. É um óleo de corte sintético que suporta melhor as extremas pressões e velocidades elevadas dos equipamentos de usinagem mais modernos.
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