A dermatite é uma infecção cutânea, que pode ser crônica ou aguda, e é resultante da interação da pele com um agente químico, biológico ou físico.
Você sabia que aproximadamente 20% da população mundial de alguma forma é afetada por doenças cutâneas e que mais de 90% destas pessoas atendidas em consultas médicas, relatam estarem sofrendo de doenças cutâneas ocupacionais?
A dermatite de contato está entre as 20 principais causas de consultas a dermatologistas, devendo também ser informado que estes distúrbios também são diagnosticados em crianças.
A dermatite de contato pode ocorrer após uma única exposição ao agente irritante, ou se manifestar após múltiplas exposições, sendo que o grau irritação gerado pode variar de breve e leve doença, até casos graves e persistentes
O tratamento da dermatite, tanto a de contato como a alérgica, começa pela remoção da substância irritante. As substâncias agressoras, exercem sobre a pele ação física e química, rompendo a barreira cutânea e danificando as células epidérmicas. O ressecamento da pele normalmente é o primeiro sinal da ação das substâncias irritantes sobre a pele, e na sequência, pode haver a formação de fissuras. Nos casos mais graves, pode levar à queimadura e formações de ulcerações na pele. Isolar a causa da alergia pode ser um desafio, pois ela pode ser causada por pequenas quantidades da substância química agressora.
Não existe um teste aceito para o diagnóstico das dermatites de contato irritante, por isso, é importante que portadores destas condições sejam submetidos ao teste de contato para saber se a irritação é de fundo alérgico ou de contato.
Óleo Mineral Lubrificante: como evitar a dermatite ocupacional?
Como mencionado, a dermatose ocupacional é causada por agentes presentes no ambiente de trabalho, que diretamente ou indiretamente pode causar alteração da pele ou mucos. Tanto os empresários como os trabalhadores da indústria metalmecânica devem estar cientes dos riscos e dos problemas que podem ser gerados pelo contato direto com substâncias agressivas nessa atividade, como as micro partículas de metais, os fluídos de tratamento dos metais e os diversos tipos de desengraxantes, solventes e lubrificantes a base de óleo mineral utilizados no processo fabril.
Os óleos lubrificantes minerais podem ser agressivos à pele do operador e o mau uso e a falta do controle da qualidade destes produtos, podem potencializar o problema da causa de irritações e alergias nos operadores.
Considerando que o óleo mineral lubrificante é devidamente monitorado para se manter sem contaminações e tendo inalteradas as suas condições de uso, seguindo-se o que é recomendado pelo fabricante do produto, para se evitar o surgimento de dermatose ocupacional recomenda-se:
- Evitar o contato com o óleo lubrificante mineral através do uso de EPIs (equipamentos de proteção individual), como luvas impermeáveis, aventais de pvc e máscaras faciais de proteção ao rosto e olhos. Recomenda-se o uso de luvas de vinil com revestimento de algodão para evitar o acúmulo de umidade;
- Evitar o contato direto do operador como o óleo mineral lubrificante, instalando anteparos de acrílico ou vidro na frente das máquinas, evitando assim, o respingo do lubrificante a base de óleo mineral;
- Aplicar creme protetor de barreira tipo “luva invisível”, para restringir ainda mais o contato do óleo lubrificante mineral com a pele, caso este entre dentro da luva de proteção, sendo que tal recurso funciona melhor em trabalhadores que não possuam dermatite;
- O uso de álcool para a limpeza das mãos como desinfetante, pode ter ação superior à água com sabão, notadamente em ocupações que requerem extensiva exposição a condição de trabalho com umidade, como as que utilizam o óleo solúvel de corte em sua operação;
- Ao utilizar água e sabão para a limpeza das mãos para a remoção do óleo mineral lubrificante e outros contaminantes, é preferível que seja utilizado sabonetes em barra, que costumam possuir menos conservantes na composição em relação aos sabonetes líquidos;
- Utilizar cremes hidratantes e neutros e sem perfume no início e após o término da operação, pois a hidratação contribui para evitar a descamação, o ressecamento, a vermelhidão e a coceira nos braços e mãos, principalmente em operações onde é utilizado o óleo solúvel mineral.
O que mais devemos saber para evitar a dermatose ocupacional provocada pelo uso do Óleo Lubrificante Mineral?
Devemos informar que o uso do óleo lubrificante mineral ou o contato do operador com este produto não necessariamente irá causar a dermatite por contato ou a dermatite ocupacional. É fato que a exposição a várias substâncias alérgenas ocorre no nosso dia a dia, notadamente em ambiente químico, que está presente em diversos tipos de empresas. Deve-se levar em conta que a idade, o sexo, a ocupação, a nacionalidade (origem) e os hábitos de uma pessoa é que determinam este “ambiente químico” a estão expostos. Como exemplo podemos mencionar que muitos frentistas de postos convivem diariamente com a manipulação de gasolina e querosene sem apresentar reações alérgicas, sendo que há pessoas, que apresentam sensibilidade só em inalar estes solventes. Da mesma forma que o óleo mineral USP é utilizado hidratar a pele das crianças recém nascidas e alguns bebês já apresentam resistência e alergia a este produto, que é neutro e atóxico.
Óleo Mineral Lubrificante: entendendo um pouco mais sobre a contaminação no ambiente de trabalho.
Podemos classificar a exposição ocupacional de substâncias nocivas ao operador em três níveis:
- Exposição direta: quando ocorre o contato através de derramamento do óleo mineral lubrificante e outros produtos químicos, ou em função de níveis de trabalho rotineiro;
- Exposição indireta: a contaminação com o óleo lubrificante mineral poderá ocorrer através do contato com a ferramenta, o maquinário, as luvas e os trapos sujos com o produto;
- Exposição aérea: esta exposição pode ocorrer quando o óleo mineral lubrificante é disperso no ar através de névoas, gotículas e sprays.
Em uma empresa química ou metalúrgica há vários produtos que podem causar alergia ao operador, então estabelecer a causa ocupacional da dermatite de contato é uma tarefa complicada e por vezes desafiadoras. Cabe informar que o uso de pastas abrasivas com esfoliantes para a limpeza das mãos, podem causar irritações e cortes na pele do operador e levar no futuro ao desenvolvimento de dermatites, que sem o uso do produto tal doença seria evitada ou minimizada. As partículas metálicas que se acumulam no óleo lubrificante mineral também contribuem para lesionar a pele. Muitas destas partículas ficam acumuladas nos panos que os operadores usam para limpar as máquinas e as mãos, causando lesões na pele e abrindo caminho para uma maior penetração do óleo mineral lubrificante. É certo que a higiene no ambiente de trabalho também é algo fundamental para evitar a propagação desta doença.
Embora a dermatite de contato ocupacional seja algo muito preocupante, dados recentes mostram que, com a detecção do problema, a intervenção para a sua diminuição e a realização de tratamentos preventivos, mais de 75% dos trabalhadores se recuperam da doença sem que haja comprometimento permanente. Isso se deve unicamente a adoção de exames diagnósticos e a intensificação da adoção de medidas preventivas destinadas a minimizar a exposição do operário às substâncias contaminante existentes no ambiente de trabalho.
Cabe informar que a substituição dos óleos lubrificantes minerais pelos óleos lubrificantes sintéticos permite a neutralização da insalubridade ou até a sua completa eliminação do ambiente ocupacional. Dessa forma, a empresa passa a atender plenamente à Norma Regulamentadora NR 15.
Quer saber como a CADIUM pode ajudar sua empresa minimizando os riscos de contaminação no ambiente de trabalho? Entre em contato com a gente através do e-mail cadium@cadium.com.br, ou pelos nossos telefones 11-4047-9292 (pabx) / 11-97130-3099 (WhatsApp).
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