A corrosão é um problema frequente em partes metálicas de máquinas e ferramentas. Os prejuízos decorrentes desse processo atingem níveis alarmantes nas indústrias de todo o mundo.
São perdas materiais, que envolvem os equipamentos, fundamentais para as atividades das empresas, o que afeta a performance e a lucratividade dos negócios. Por esse motivo, prevenir sempre é a melhor atitude. Saiba como proteger o maquinário, principalmente inativo, da corrosão dos metais.
O que é corrosão e suas consequências?
A corrosão consiste em um processo de degradação espontânea e irreversível em materiais metálicos. Ela ocorre pela interação química ou eletroquímica das ligas metálicas com um determinado meio de exposição. No caso da corrosão metálica, quase sempre existe a presença de moléculas de água junto com oxigênio ou íons de hidrogênio no meio condutor.
As consequências da corrosão envolvem desgastes, trincas, diminuição de espessura, fraturas, perda de aderência em peças e, consequentemente, falhas nos equipamentos e paradas não programadas na produção. Em casos mais graves, pode haver perda total de máquinas, o que representa sérios prejuízos à indústria em geral.
Quando ocorre a corrosão dos metais em equipamentos inativos?
Durante a operação, os óleos lubrificantes industriais são circulados ou salpicados em todas as superfícies metálicas internas dos sistemas mecânicos. Isso assegura que os aditivos sejam dispersados, por completo. O movimento dos fluidos permite proteção adequada contra a corrosão.
Já quando o equipamento móvel ou industrial fica inativo e armazenado, aguardando entrada em operação (stand by), os lubrificantes convencionais costumam falhar ao proteger as superfícies metálicas internas do ataque corrosivo, pois não há umidificação pelo óleo.
Como evitar a corrosão em equipamentos industriais inativos?
Existem várias alternativas para evitar a corrosão em equipamentos industriais inativos. Uma delas é a introdução de substância inibidora de corrosão nos sistemas, principalmente naqueles de lubrificação por circulação ou névoa.
Esses sistemas podem suprir o fornecimento de óleo lubrificante com inibidor de ferrugem, sempre renovado, protegendo as superfícies metálicas internas estacionárias. A lubrificação por circulação ou névoa garante que os suprimentos de aditivos anticorrosivos sejam continuamente aplicados e atuem eficazmente contra a corrosão de equipamentos.
Como funciona o inibidor de corrosão e como utilizá-lo?
O inibidor de corrosão é uma substância que, quando adicionada ao meio corrosivo, mesmo em quantidades reduzidas, diminui a taxa de corrosão. Esse produto é capaz de proteger superfícies expostas de diversas formas.
Os inibidores de fase-líquida permitem que as superfícies cobertas pelo líquido sejam protegidas por fortes aditivos anticorrosivos diluídos no próprio fluido. Já os protetivos anticorrosivos do tipo fase-vapor (Vapor Phase Corrosion Inhibitors – VCI) podem ser aplicados, suplementarmente, aos inibidores de corrosão fase-líquida ou serem usados em reservatórios vazios.
Os inibidores de corrosão VCI atuam de modo a preencher os espaços livres com vapor, que impede o processo corrosivo. Os compostos protetivos à corrosão, por cobertura da superfície, aderem firmemente à superfície metálica repelindo a água e ainda incluem aditivos de redução da corrosão superficial.
Para utilizá-los, podemos optar por duas formas. A primeira é usar aditivos suplementares em um óleo lubrificante como fluido operacional. Essas substâncias potencializam a proteção anticorrosiva do óleo lubrificante e minimizam os riscos de corrosão nos locais remotos em que os aditivos anticorrosivos, geralmente presentes nos óleos lubrificantes, poderiam sofrer depleção com o passar do tempo.
A segunda opção é escolher e utilizar óleos lubrificantes dotados de potentes pacotes de aditivação anticorrosiva (óleo protetivo contra corrosão). Deve-se aplicá-los de forma a encher o sistema mecânico até o nível de operação ou através de enchimento completo do espaço livre.
Cuidados na prevenção à corrosão
O melhor é sempre se optar por óleos lubrificantes já com aditivos anticorrosivos, em sua fórmula, para a prevenção à corrosão de equipamentos inativos. Ao “aditivar” um óleo convencional pode haver incompatibilidades que causam problemas, como a formação de grumos e o entupimento de filtros. Por isso, é importante verificar a compatibilidade dos compostos anticorrosivos com os óleos de serviço.
Outro ponto de atenção ao utilizar aditivos contra a corrosão é saber se eles não irão atacar materiais não-ferrosos do maquinário, como plásticos e borrachas. Quando não se tem certeza da aceitabilidade, é recomendável sempre realizar uma minuciosa operação de flushing (limpeza) a fim de retirar todo o anticorrosivo antes de adicionar novo óleo lubrificante ao sistema.
Precisa de ajuda com a prevenção da corrosão dos metais em máquinas e equipamentos? Entre em contato conosco, pois podemos auxiliá-lo adequadamente.