Para ilustrar este blog, e antes de falarmos sobre o óleo para retífica, primeiro vamos conhecer um pouco da história do processo de retificação.
Dados históricos datam do início da metade do século 19 nos Estados Unidos, o início das primeiras operações mecanizadas de retificação cilíndrica com o uso de portas-rebolo sobre tornos mecânicos paralelos. Eram equipamentos desenvolvidos especificamente para realizar retificações cilíndricas e não apenas tornos adaptados para este fim, sendo que o registro da primeira retificadora construída data de 1.860. Entretanto, somente em 1.875 é que foi desenvolvido o primeiro equipamento de retificação destinado à venda.
No decorrer do início do século 20, ocorreu uma gradual modernização das retificadoras cilíndricas, com a substituição dos acionamentos gerados por máquina a vapor, por motores elétricos.
No início da segunda metade do século 20, sistemas hidráulicos foram adicionados ao equipamento, gerando suavidade para o movimento da mesa e dos avanços, e gradativamente nos anos seguintes controles eletrônicos foram sendo incorporados, melhorando significativamente a precisão do processo. Uma última modernização importante que aconteceu nas retificadoras na década de 60 foi à adoção do CNC para o comando e controle do processo.
A operação de retificação é uma das operações de usinagem mais utilizadas na indústria metal mecânica. Esta operação permite a retirada de finas camadas de material endurecido por têmpera, cementação ou nitretacão, bem como as deformações causadas por algum tratamento térmico. Motor a combustão, barramentos, prismas de precisão, acabamentos de engrenagens, acabamentos cilíndricos ou planos em outras peças, são as operações mais realizadas pelas retificadoras.
O serviço de retífica por definição é um processo de corte por abrasão e a operação de retificação gera muito atrito entre a ferramenta de corte e a peça usinada, com um consequente aumento da temperatura e da formação de cavacos. Para garantir que a usinagem seja realizada com eficiência, é necessário que o processo seja lubrificado por um bom óleo para retífica.
Quais as características que um bom óleo para retífica deve possuir?
No serviço de retífica as principais funções do fluído de corte para retífica são a de lubrificação da área de contato da ferramenta com a peça, visando à redução do atrito, além de promover a dissipação do calor e a expulsão dos cavacos. Como características desejáveis em um bom óleo para retífica destacamos as seguintes:
- O óleo para retífica deve possuir uma viscosidade adequada para garantir a refrigeração necessária ao processo;
- O óleo de retífica deve possuir uma aditivação protetiva antioxidante para evitar problemas de oxidação das peças, do equipamento e da ferramenta de corte;
- Possuir uma elevada taxa de remoção de material usinado;
- Gerar um menor desgaste da ferramenta de corte e com o consequente aumento da sua vida útil;
- O óleo para retífica deve possuir um baixo consumo, com pouca evaporação e perda por formação de névoa;
- Deve ser adequadamente aditivado para que seja compatível com o equipamento e amigo do operador, sem causar alergias ou dermatites.
A escolha de um bom óleo de retífica e a sua adequada aplicação diminuirá a incidência de queima, pela redução de energia específica, e reduzirá as temperaturas da zona de corte.
Já a utilização de um óleo de retifica inadequado no serviço de retífica fatalmente ocasionará a queda de rendimento do rebolo devido ao aumento da temperatura. Também poderá causar a perda da qualidade dimensional, comprometendo o acabamento das peças devido à incrustação dos cavacos na ferramenta de corte.
Cabe informar que a eficácia o óleo de retífica no serviço de retífica depende de outros fatores como o posicionamento do bocal, o tipo do bocal, o volume de vazão e a velocidade que o óleo retífica é despejado sobre a ferramenta de corte.
Qual óleo de retífica pode ser utilizado na operação de retificação?
Para a operação de retificação há algumas opções de fluído de corte a ser utilizado, a saber:
- Óleo de corte integral para retífica;
- Fluído de corte integral sintético;
- Óleo solúvel mineral para usinagem;
- Óleo solúvel semi sintético para retífica, que é o nome usual, mas agrafia correta é óleo solúvel semissintético;
- Óleo para retífica solúvel sintético.
O óleo de corte integral de base mineral é o fluido de corte mais utilizado na operação de retificação, sendo que nas empresas que apresentam uma maior preocupação com o meio ambiente e com as questões trabalhistas, este fluído de corte integral vem sendo substituído pelo óleo solúvel sintético biodegradável, apesar deste possuir um custo bem mais elevado.
A opção pelo uso doóleo de corte solúvel em água se dá em razão da menor geração de vapores e nevoas durante a operação. Ele também apresenta um menor risco de danos à saúde do operador, mas o volume de fluídos do processo é maior e o custo para a reciclagem deste resíduo também é maior. Cabe informar que dependendo do tipo de operação, devido à sua baixa viscosidade, o fluído de corte solúvel em água pode ser facilmente repelido pela alta velocidade da ferramenta de corte e não lubrificar adequadamente o processo caso o posicionamento do bico e o volume de vazão não esteja corretamente ajustado.
Devido à grande pressão ambiental e ao aumento crescente dos custos para o descarte dos óleos lubrificantes usados, muitos operadores pensam em realizar a operação de retífica a seco, sem o uso fluído sintético para retífica. Mas estudos comprovam que tal processo é inviável economicamente, pois aumenta os esforços do equipamento para realizar o serviço, compromete a qualidade superficial da peça retificada além de diminuir a vida útil da ferramenta de corte.
E como escolher o melhor óleo para retífica?
Se você ainda não possui as informações suficientes para escolher o óleo refrigerante para retífica ideal para a sua operação, entre em contato com a CADIUM LUBRIFICANTES.
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