Primeiramente cabe esclarecer que é a operação de eletroerosão e um processo térmico de usinagem caracterizado pela remoção de material metálico através do emprego de sucessivas descargas elétricas que ocorrem entre um eletrodo e uma peça, que são banhados e isolados por um óleo dielétrico para eletroerosão.
Cabe informar que o processo de usinagem por eletroerosão ou processo de usinagem por descargas elétricas, foi o primeiro processo não convencional de usinagem que se popularizou na indústria metal mecânica. É um processo relativamente novo e começou a ter uma maior empregabilidade a partir da segunda metade do século passado.
No processo de eletroerosão a usinagem ocorre por descargas elétricas altamente controladas que ocorrem em pontos previamente determinados, causando assim a remoção de micropartículas de metal das peças metálicas que está sendo usinada, produzindo nestas, furos, ranhuras, rebaixos, recortes e formas de geometria complexa que pode ser produzida em uma só fase de operação. São trabalhos que normalmente não são possíveis de serem obtidos pelos processos convencionais de usinagem.
Dever ser informado também, que nos processos convencionais de usinagem a operação é feita através do atrito e consequentemente ocorre a geração de calor e de grandes cavacos, que podem afetar as características estruturais das peças, por tanto, a usinagem por eletroerosão é indicada para os processos onde se deseja obter superfícies com elevada qualidade, sem distorções e sem a presença de micro alterações estruturais na peça usinada.
Quais as vantagens da usinagem por eletroerosão com o uso de um bom óleo dielétrico?
Podemos enumerar as seguintes vantagens para a utilização da usinagem por eletroerosão:
- A automação das máquinas de eletroerosão permite a obtenção de estreitos limites de tolerância;
- Permite a possibilidade de realizar o processo de usinagem em metais de elevada dureza;
- É um processo que permite um rigoroso controle da ação da ferramenta sobre a peça que está sendo usinada;
- É indicado para a obtenção de peças de alta qualidade como na fabricação de moldes para injeção, para a confecção de matrizes para estampos, de ferramentas de metais duros entre outros.
Tecnicamente falando, quando um material isolante é submetido a um campo elétrico externo, este tem os seus elétrons deslocados a uma distância microscópica e este deslocamento chama-se polarização. E quanto acontece este fenômeno nestes materiais isolantes, estes são chamados de dielétrico.
Quando um produto é chamado de dielétrico, devemos entender que ele possui propriedades isolantes, que pode ser facilmente polarizado, que dificulta a formação de correntes elétricas e com isso, são muito utilizados como isolantes de componentes elétricos. Com esta explicação podemos entender agora por que o óleo para eletroerosão utilizado no processo é chamado de óleo dielétrico para eletroerosão, também conhecido por óleo mineral isolante dielétrico ou fluído dielétrico para eletroerosão.
Quais as características que um bom óleo dielétrico para eletroerosão deve possuir?
Que adianta ter um equipamento que realiza operações de grande precisão se para lubrificar e isolar o sistema, não é utilizado um bom óleo dielétrico para eletroerosão?
O óleo dielétrico para eletroerosão para atender adequadamente às suas funções deve ter as seguintes características:
- Promover a limpeza da interface da ferramenta com a peça, promovendo o arraste das partículas erodidas e uma perfeita decantação das partículas;
- O fluido dielétrico para eletroerosão deve auxiliar na refrigeração do processo e notadamente no entorno das descargas evitando um aquecimento excessivo dos eletrodos;
- Ter a função fundamental no controle da potência de abertura da descarga elétrica, auxiliando na concentração da energia da descarga;
- Deve possuir uma viscosidade baixa e adequada para facilitar a velocidade de penetração do eletrodo e ajudar no desgaste e no acabamento da peça;
- O óleo dielétrico para eletroerosão também deve possuir uma elevada rigidez dielétrica, pois quanto maior é esta propriedade, menor será à distância do eletrodo em relação à peça, e a consequência disso e a obtenção de uma maior precisão da usinagem;
- É necessário que possua um alto ponto de fulgor (não inflamável), para evitar problemas com incêndios caso ocorra uma geração de uma faísca na superfície do óleo dielétrico, melhorando a segurança da operação;
- Não pode gerar a formação de espuma durante o processo de usinagem por eletroerosão;
- Dever ser um óleo transparente para que se permita visualizar a operação;
- O líquido dielétrico não deve emitir vapores e nem odores desagradáveis nocivos ao meio ambiente;
- É desejável que o óleo dielétrico seja quimicamente neutro, amigo do operador, não causando dermatites ou alergias devido ao contato.
Cabe informar que ávida útil do fluido para eletroerosão está intimamente ligada à eficiência e a qualidade dos filtros utilizados no equipamento. À medida que o óleo dielétrico vai se decompondo, é maior a possibilidade de que a descarga elétrica se torne instável e comprometa a qualidade do processo. Por isso a troca do fluído dielétrico dever ser realizada com frequência, e não ser usada por anos a fio, buscando uma economia na postergação da sua reposição.
A grande maioria do óleo dielétrico na eletroerosão contém em sua formulação derivados de petróleo. Há também o fluído sintético para eletroerosão, que é produzido a partir de ésteres, e por não ser obtido através do refinamento do óleo básico mineral, é chamado de óleo sintético para eletroerosão e possui aplicação ocasional, notadamente em operações que são realizadas em altas temperaturas. O seu elevado custo em relação ao óleo dielétrico mineral ainda hoje inibe a sua maior utilização.
Com o aumento da fiscalização em relação à segurança do trabalho, para o atendimento da Norma Regulamentadora NR 15, é provável que em curto prazo este cenário mude e o uso do óleo para eletroerosão sintético aumente a sua participação junto às empresas do segmento metal mecânica.
Como escolher o melhor fluído dielétrico de eletroerosão
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