Os transformadores são, na maioria das vezes, preenchidos por óleo isolante (também conhecido como fluido isolante ou óleo isolante dielétrico), derivado do petróleo. A popularidade desse tipo de óleo mineral (óleo de transformador), se deve, nessa aplicação, à disponibilidade, ao custo reduzido e às suas excelentes propriedades dielétricas e refrigerantes.
Os principais objetivos do óleo de transformador são garantir o arrefecimento das espiras das máquinas e isolar o núcleo condutor do sistema. Os tipos de óleo para transformador mais usados para essa tarefa são o óleo para transformador parafínico e o óleo para transformador naftênico.
Normalmente, se escolhe um desses dois tipos de óleo de transformador como isolante. O óleo isolante tipo A (naftênico) é voltado a todos os equipamentos, de qualquer classe de tensão. Já o óleo isolante tipo B (parafínico) é indicado para transformadores de tensão de até 145 KV.
Uma dúvida que surge é: os dois óleos podem ser misturados? Como vimos, um óleo de transformador parafínico não é recomendado para uso em equipamentos que trabalham com tensão superior a 145 KV, logo, não podem ser adicionados nesses casos. Porém, segundo o Eng. Marcelo José Garcia, em transformadores de menor classe de tensão, não há problema em fazer a mistura desde que observadas as características de cada tipo de óleo.
Comparação entre óleo de transformador naftênico e o parafínico
Se o óleo de transformador alcançar um estado avançado de oxidação, produtos insolúveis serão gerados, o que resultará na formação de borra, que pode ser solúvel dependendo do tipo de fluido (parafínico ou naftênico), e uma vez que ela alcance um ponto de saturação, se precipitará.
Apesar do óleo de transformador de naftênico oxidar-se mais facilmente que o óleo para transformador parafínico, os produtos da oxidação, como a borra, são mais solúveis nos óleos naftênicos do que nos parafínicos.
Assim, a borra formada pelos óleos isolantes naftênicos não se deposita no fundo do tanque dos transformadores, não provocando a obstrução da circulação de fluido por convecção, o que acaba preservando, então, o bom funcionamento do sistema de arrefecimento das espiras.
Já no óleo isolante parafínico, apesar da taxa de oxidação ser inferior quando comparada aos do óleo isolante naftênico, os produtos da oxidação são insolúveis no óleo, precipitando-se no fundo do tanque do transformador. Isso ocasiona obstrução do fluxo de óleo e impede que o sistema de arrefecimento desempenhe corretamente sua função.
Outro problema com o óleo de transformador parafínico é o seu alto ponto de fluidez, devido seu conteúdo de cera. Esta limitação não é tão crítica em locais onde o clima é sempre muito quente.
Verificação das condições do óleo de transformador é fundamental para prevenção de falhas
É necessário realizar a análise do óleo isolante para transformador periodicamente, como forma de averiguar todas as condições da substância, bem como a presença ou não de anomalias no fluido e, assim, prevenir falhas.
O processo de oxidação do óleo de transformador deve ser monitorado pelos ensaios físico-químicos, como a cor, acidez, aparência e teor de umidade. Uma inspeção visual pode revelar sinais de depósitos de borra em superfícies internas.
Durante a operação, o sistema isolante dos transformadores é constantemente solicitado eletricamente. Para que não ocorram descargas é necessário que o isolamento e o óleo isolante dielétrico estejam sempre em condições adequadas.
Um dos fatores que prejudicam as propriedades isolantes dos materiais (como o óleo de transformador) é a presença de impurezas misturadas de forma heterogênea.
No que se refere ao óleo isolante para transformador, estas impurezas consistem principalmente na presença de água e partículas sólidas em suspensão.
A existência de descontinuidades no óleo de transformador deforma o campo elétrico na vizinhança, o que ocasiona pequenas descargas parciais. Este processo altera as propriedades isolantes da substância, prejudicando o seu desempenho.
Escolha de um óleo de transformador de boa qualidade
Podemos observar que quanto melhores forem as características isolantes do óleo de transformador utilizado, mais econômico poderá ser o projeto do sistema devido à redução da quantidade do isolante sólido e pela diminuição das distâncias entre espiras, entre bobinas e núcleo e entre estes e as partes aterradas.
Para complementar o conhecimento, assista a esse vídeo sobre o comportamento da umidade no óleo de transformador.
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